Em fevereiro, o Bitcoin atingiu alta histórica. O recorde alcançado foi de US$ 50.602, o que representa alta de 2,7% em relação ao anterior recorde de US$ 49,1 mil. Com a alta, muitas pessoas viram seus saldos crescerem. Mas, há brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin?
A alta, segundo especialistas, atraiu a atenção de novos investidores. O interesse aumentou especialmente depois que o bilionário americano Elon Musk publicou uma série de tweets sobre a moeda. O empresário da Tesla e da SpaceX teria ainda adicionado à sua carteira US$1,5 bilhão em Bitcoins.
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Em 2018, o número de pessoas que investiam em bitcoins no Brasil já havia passado o número de pessoas físicas que investiam na bolsa de valores do país (B3). Mais de 1,4 milhão de pessoas estavam cadastradas em alguma casa de câmbio de Bitcoin do país naquele ano.
No entanto, especialistas recomendam que pessoas que não possuam tanto dinheiro como Musk e outros, não arrisquem tudo na criptomoeda, já que se trata de um investimento de risco.
Quem também advertiu sobre os riscos foi outro bilionário americano. Bill Gates disse depois da alta da moeda no começo do ano que pessoas com menos dinheiro do que Elon Musk deveriam tomar cuidado com essa modalidade de investimento, pois “Musk tem toneladas de dinheiro e é muito sofisticado, então eu não me preocupo se o valor da criptomoeda dele vai subir ou descer aleatoriamente”.
Em bate-papo no Clubhouse, Gates disse ainda que prefere investir seu dinheiro em empresas que fabricam produtos, e que não costuma arriscar em negócios à base de valorizações, como é o caso do Bitcoin.
Investidores brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin
Não é uma tarefa fácil encontrar informações sobre os principais brasileiros que investem em Bitcoin. Por isso, responder à pergunta sobre quais são os brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin pode ser quase impossível.
Geralmente, o problema entorno à questão é que muitos desses investidores quase não falam sobre o assunto, e inclusive os meios de comunicação especializada não têm como obter esses dados.
No entanto, mesmo sem muitos dados, tivemos acesso ao nome de pelo menos um brasileiro que teria ficado ricos com Bitcoin.
Thiago da Silva Rodrigues
O carioca Thiago da Silva Rodrigues é um dos brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin. O jovem de 28 anos diz que era uma pessoa de classe media, da Barra da Tijuca, mas que, graças ao investimento é Bitcoins, agora é rico.
Thiago diz que atualmente mora em um condomínio de luxo, onde se sente seguro. Seu foco hoje é a mineração de criptomoedas; ele desenvolve sua atividade no Paraguai.
Nomes famosos que investem em Bitcoin
Os nomes que apresentaremos a seguir são de pessoas famosas que também investem em Bitcoin. Não necessariamente se tratam de pessoas que tenham enriquecido com a criptomoeda, mas gente que decidiu converter parte de seus recursos financeiros em um investimento.
Sérgio Mallandro
Quem não se lembra da famosa expressão: “Pegadinha do malandro”, usada com tanta frequência pelo humorista Sérgio Mallandro?
O que muita gente não sabe é que além de humorista, Sérgio é um investidor. O apresentado já investiu em criptomoedas. Contudo, Sérgio relatou, no final do ano passado, que foi vítima de um golpe relacionando investimentos em Bitcoin, que prometia lucro rápido.
Sérgio chegou a falar ao Fantástico, onde disse que foi vítima do golpe ao acreditar que, por meio da empresa chamada “JJ Invest” estaria investindo em Bitcoin. Na verdade, essa empresa, que teria negociado aproximadamente R$ 170 milhões é uma pirâmide financeira.

Roberto Justus
Segundo informações divulgadas no ano passado, o empresário e apresentador Roberto Justus seria outra pessoa famosa que investe no mercado de Bitcoins. Na verdade, Justus estaria envolvido na criação do grupo GBB (Grupo Bitcoin Banco). A empresa se encontra em investigação judicial.
Roberto Justus teve mais de R$115 mil em Bitcoins bloqueados pela justiça.
Depois de polêmicas envolvendo o nome do GBB, a assessoria de imprensa do apresentador afirmou que ele não faz parte do banco. Segundo informado, o valor se refere a um pagamento recebido de um cliente, e a situação já teria sido resolvida.
O apresentador diz não investir nem ter interesse de investir na moeda.
Kim Kataguiri
O deputado federal por São Paulo Kim Kataguiri (DEM) é outro nome conhecido que investe em criptomoedas. Kim já chegou a afirmar que possui investimentos em Bitcoin. Segundo disse, ele inclusive se arrependeu de não ter comprado a moeda por preço mais baixo, em 2012.
Emílio Surita: o apresentador diz ser um dos brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin
O apresentador da rádio Jovem Pan parece ter começado a investir na moeda quando o preço ainda estava em baixa. Emílio já chegou a declarar que é um dos brasileiros que ficaram ricos com Bitcoin. O apresentador começou a investir ainda em 2010, portanto, já tem mais de uma década nesse mercado.
Amaury Júnior
O jornalista e apresentador Amaury Júnior também teve seu nome envolvido com o Grupo Bitcoin Banco. Amaury esteve presente em eventos comemorativos do grupo.
Mas parece que a relação dele não foi só durante esses eventos. O nome do jornalista apareceu na lista de credores da empresa, com apenas R$460 investidos na empresa que está em recuperação judicial.
Thiago Nigro
Thiago Nigro, mais conhecido como O Primo Rico, declarou, em vídeo do Youtube, que conheceu o Bitcoin em 2014. Ele conta que na época abriu uma conta em uma exchange e comprou algumas criptomoedas. Na época, cada unidade de Bitcoin era negociada por cerca de R$600, portanto, dependendo do valor investido na época, os ganhos são consideráveis.

Projetos de lei para regulamentar as criptomoedas no Brasil
No Brasil, as criptomoedas não estão proibidas, mas ainda falta uma legislação. Estão em tramitação alguns projetos de lei que buscam regulamentá-las. O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedad-RJ) é o autor dos projetos de lei (PL) 2303/2015 e 2060/2019 que tratam o tema. Segundo Aureo há expectativas de que os projetos sejam discutidos e aprovados ainda este ano.
A proposta que deve ser analisada é o PL 2060/2019, já que o projeto anterior se encontra defasado, segundo o próprio parlamentar. Aureo ainda disse que o texto traz temas como o aumento de penas para crimes envolvendo as chamadas pirâmides financeiras e outros golpes com as criptomoedas.
Perfil do investidor brasileiro
Em matéria publicada pelo jornal mineiro O Tempo, no final do ano passado, o Executivo responsável por Riscos e Compliance e Representante do Mercado Bitcoin no Conselho Fundador da ABCripto (Associação Brasileira de Criptoeconomia), Bernardo Srur, afirmou que o perfil mais comumente visto no Brasil entre os investidores em Bitcoin ainda é o conservador.
Bernardo ainda destacou a exigência de conhecimento para quem quer operar no mercado financeiro: “A operação no mercado financeiro exige conhecimento técnico, capacidade de negociar e agressividade na forma, o investidor deve ter know how, conhecer bem o mercado para conseguir enxergar um panorama geral e unir as pontas, e dessa forma, capitalizar o recurso”.